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Farmacêutico faz residência em Terapia Intensiva e relata experiência

Depois de concluir sua graduação, em 2017, na Universidade Católica de Quixadá, que fica no município vizinho à sua cidade natal, Banabuiú (CE), o farmacêutico Romênio Nogueira Borges realizou residência multiprofissional no Hospital Universitário Walter Cantídio, da Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza. “Escolhi a residência multiprofissional da UFC porque enxerguei nela uma oportunidade de aprimoramento e crescimento profissional única. Sou muito feliz com a escolha que fiz e espero avançarmos ainda mais como farmacêuticos e como intensivistas”.

 

Até ser aprovado no processo seletivo da UFC, Romênio Borges havia feito estágios extracurriculares em Farmácia Comunitária e no hospital municipal de Banabuiú. Foi esta última experiência, hospitalar, que despertou a curiosidade pelo que o farmacêutico pode realizar numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Até então, não conhecia o nosso trabalho nesse setor e aos poucos fui entendendo como podemos ajudar e cuidar de pessoas numa UTI”. 

 

Escolhida a ênfase da especialização que realizaria, por meio da residência multiprofissional, em Terapia Intensiva, Romênio Borges conheceu um amplo espectro de atividades por meio das quais o farmacêutico pode cuidar do paciente crítico. “Prestamos serviços de conciliação medicamentosa, revisão clínica da farmacoterapia e acompanhamento farmacoterapêutico, sendo este último o mais completo”.

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O farmacêutico intensivista ressalta que para atuar numa UTI deve-se ter o entendimento de que o paciente crítico é muito peculiar e os ajustes feitos na farmacoterapia são muito finos, ou seja, pequenos detalhes fazem toda a diferença. “Com base nisso, orientamos à equipe multidisciplinar quanto à diluição de medicamentos, não apenas o volume, mas também qual diluente é mais adequado, orientamos quanto ao tempo de infusão, garantindo a segurança do paciente e considerando particularidades farmacocinéticas e farmacodinâmicas”. Outro ponto que, conforme Romênio, deve ser mencionado quanto ao cuidado ao paciente crítico é a quantidade de medicamentos que estes pacientes fazem uso, o que aumenta as chances de interação e incompatibilidade entre eles.

“Dessa maneira, orientamos quais medicamentos podem ser infundidos juntos e os que não podem, sugerimos alteração de diluente, tempo de infusão, aprazamento ou administração em lúmen diferente”.

 

Também é muito importante, pela experiência do farmacêutico, a orientação quanto à administração de medicamentos por sonda, algo não incomum no setor, que possuem riscos como obstrução de sonda, levando a inefetividade da terapia. Para Romênio, além de aprender tudo isso e se encantar com a dinâmica do paciente crítico, ele teve a oportunidade de fazer parte de uma equipe não apenas multidisciplinar, mas interdisciplinar, onde todos os profissionais têm voz e trabalham juntos em prol do paciente, com visitas diárias beira leito e com oportunidade de conduzir essas visitas.

Ainda de acordo com Romênio, no caso de pacientes com disfunção renal ou hepática, o farmacêutico atua na orientação de ajustes de doses, considerando a criticidade do paciente, principalmente se o medicamento for um antimicrobiano. E por falar em antimicrobiano, “nossos pacientes em uso desses medicamentos são acompanhados pelo Antimicrobial Stewardship Program, e nós temos treinamentos semanais incorporados em nossa carga horária como parte do programa de residência”.

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