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Vânia Andrzejevski: "A divulgação feita pelo CFF é importante para ampliar a presença dos farmacêuticos na residência."

Nem um por cento dos farmacêuticos cursam residência

 

Cerca de 60 farmacêuticos participam do VI Encontro Nacional de Residências em Saúde, que começou na terça-feira, 5 de julho, e termina sexta-feira, dia 8. Moderadora da mesa de abertura do evento, sobre Contexto Histórico e Legislações das Residências em Saúde, a farmacêutica Vânia Mari Salvi Andrzejevski, fez uma avaliação sobre o momento atual das residências e a participação dos farmacêuticos nessa modalidade de formação, que é considerada padrão ouro no mundo. Ela elogiou a iniciativa do Conselho Federal de Farmácia (CFF), de elaborar um site e divulgar informações sobre a residência para os farmacêuticos. “Essa divulgação é importante para ampliar a participação dos colegas nos programas de residência”, comentou.

 

De acordo com Vânia Andrzejevski, embora não exista formação na área da saúde que seja tão importante e que qualifique profissional de forma tão segura quanto a residência em saúde, ainda são ofertadas muito poucas vagas na residência multiprofissional. “Temos 17 profissões em que os egressos poderiam cursar as residências multi, no entanto, temos em torno de 1,2 mil programas e dez mil bolsas. A Medicina, há quatro ou cinco anos tinha 25 mil bolsas.” Nesse contexto, segundo a professora, a Farmácia está em quinto ou sexto lugar em número de vagas preenchidas. “Não temos nem um por cento dos farmacêuticos nos programas de residência. E ainda há quem venha apenas por interesse nas bolsas, que, em muitas profissões, são maiores do que os salários pagos no mercado de trabalho.”

 

Vânia Andrzejevski , que é coordenadora do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Atenção Hospitalar do HC/UFPR e integrante de Câmara Técnica da CNRMS, lamentou a ausência dos representantes do governo no encontro. “O encontro tem como principal objetivo definir o que vamos fazer, ações que vamos adotar e o que precisamos executar. E quando o governo, que é o nosso principal financiador não está, esse planejamento fica comprometido”, avaliou. Ela avaliou o momento atual como muito preocupante. “Estamos vivendo um período de incertezas, de dificuldade em saber o que vai ser mantido. E para a residência multiprofissional isso é muito ruim, pois 50 anos atrasados em relação à residência médica.”

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