CFF marca presença no Seminário das Residências do Nordeste
Nesta segunda e terça-feira, dias 1º e 2 de dezembro, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) estará presente no Seminário Regional das Residências da Região Nordeste, o último da série de quatro encontros promovidos pelo MEC em preparação para o V Seminário Nacional, programado para 2015. O CFF está participando das discussões, representado pela assessora da Presidência, Zilamar Fernandes, e divulgando o seu hotsite sobre residência em saúde, que visa incentivar a adesão dos farmacêuticos a essa modalidade de especialização. O seminário está sendo realizado no auditório do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco.
Na manhã do primeiro dia de debates foi realizada a solenidade de abertura do seminário, com as presenças do secretário executivo da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde, Odorico Coelho da Costa Neto; da coordenadora Geral de Residências em Saúde (CGRS/DDES/SESu/MEC), Sônia Regina Pereira; e da substituta do Diretor do Departamento de Planejamento e Regulação da Provisão de Profissionais da Saúde Gestão da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Rosani Pagani.
A representante do Ministério da Saúde proferiu a palestra de abertura do seminário. Inicialmente, ela fez uma breve exposição sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), cenário das residências. Segundo ela, o SUS atende, atualmente, 100 milhões de usuários e tem no aumento da população de idosos, no crescimento da violência urbana e dos acidentes de trânsito as suas principais preocupações.
Depois, Rosani Pagani apresentou aos participantes o cenário nacional e regional das residências em área profisional da saúde. Ela observou que a residência evoluiu significativamente, o que pode ser observado pelo crescimento no número de bolsas concedidas pelo governo federal. De cerca de mil em 2009, o número aumentou para quase 7 mil desde 2014, considerando as bolsas do MEC e Ministério da Saúde.
Mas Rosani Pagani assinalou que ainda há muitos desafios a serem vencidos. O principal, segundo ela, é focar a formação dos residentes no trabalho em equipe. "Mesmo residências multiprofissionais ainda têm certa dificuldade de preparar o profssional para o trabalho em equipe." Outros desafios são uma maior qualificação dos preceptores e a redução da enorme discrepância entre o número de profissionais que concluem a graduação e que iniciam a residência. Na Farmácia, por exemplo, são 18,5 mil egressos da graduação para cerca de 450 vagas preenchidas nos programas de residência.
Sobre a qualificação da preceptoria, em praticamente todos os seminários regionais já realizados foi colocada pelos participantes a necessidade de se garantir uma remuneração para preceptores e também para tutores, como forma assegurar uma melhor capacitação técnica e pedagógica dos mesmos.
A representante do MEC, Sonia Regina Pereira destacou, em entrevista ao hotsite sobre residência do CFF, que os ministérios consideram a questão da qualificação da precptoria o grande gargalo da residência hoje e que o governo está atento à questão. "Tanto, que existem grupos de trabalho nos dois órgãos discutindo a questão e buscando alternativas", comentou. Mas Sonia Regina Pereira salientou que essas alternativas não necessariamente passarão pela instituição de remuneração. Poderão, por exemplo, contemplar a adequação de carga horária.
Até o dia 6 de dezembro, Recife continua como capital nacional da residência em saúde. Em seguida ao Seminário Nacional das Residências da Região Nordeste será realizado, também na UFPE, o IV Encontro Nacional das Residências em Saúde, que reunirá residentes, preceptores, tutores, gestores e outros atores das residências de todo o país. O evento tem como objetivos contribuir para a melhoria das condições de trabalho no setor e ampliar a discussão sobre o Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: Comunicação do CFF
Inserida em 1º de dezembro de 2014